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Diálogo entre cristãos e muçulmanos

​Ao interagir com muçulmanos, notamos muitas vezes que para muitos deles existe um certo número de mal-entendidos e ideias preconcebidas sobre a fé cristã. Por isso, este texto procura:

* Apresentar objectivamente aos nossos amigos muçulmanos aquilo em que os verdadeiros discípulos de Jesus acreditam e praticam.
* Dar respostas claras, precisas e detalhadas às perguntas ou às múltiplas acusações que fazem sobre a Bíblia.
* Esclarecer quaisquer mal-entendidos.
* Esclarecer quais são os fundamentos da fé cristã.
* Fornecer recursos que todos possam ler e/ou dar aos seus amigos muçulmanos.
A série intitulada “Respostas Sérias a Perguntas Sinceras” da organização sem fins lucrativos "La Voix des Prophètes" pretende responder biblicamente, com clareza e compaixão às perguntas que os muçulmanos mais frequentemente fazem sobre a fé cristã, tais como:
* Como pode Deus ter um Filho?
* Os cristãos adoram três deuses?
* Maomé é mencionado na Bíblia?
alguem morreu em ...

Morreu um outro homem em vez de Jesus na cruz?

Muitas vezes os meus amigos muçulmanos dizem-me:

"Jesus foi levado ao céu por Alá antes de o matarem. Ele não foi crucificado. Alá colocou um sósia (chabih) em seu lugar e as pessoas acreditaram que era Jesus. gloria a Deus, o todo-poderoso e único sábio!"

   Pense nisso!

* Estou perplexo! Como poderia a substituição de Jesus por outra pessoa na cruz glorificar a Deus? E por que demoraria mais de 600 anos até alguém se aperceber?

* Se Deus queria ajudar seu profeta, por que não o elevou aos céus simplesmente à vista de todos? Teria sido muito mais extraordinário se todos vissem uma intervenção directa de Deus e assim podiam testemunhar da sua vitória. Por que faria Deus uma substituição secreta? Por que entregaria um outro homem aos judeus? Isso não faz sentido!

* Deus jamais enganaria as pessoas ao fazê-las acreditar que era Jesus que estavam a crucificar, enquanto na verdade era outra pessoa pois Deus não mente!

* Deus não iria organizar o fundamento da fé cristã numa mentira e numa confusão de identidade. Não pode ser assim pois Deus só faz o que é verdadeiro e certo!

Para o meu amigo muçulmano, o facto de Deus ter permitido que o seu profeta morresse das mãos dos seus inimigos parece inaceitável. É por isso que gostaria de lhe fazer uma pergunta:  Qual destas duas intervenções seria mais impressionante? 
Qual delas demonstraria mais a omnipotência de Deus?

* Enganar todos e sequestrar Jesus sem que ele veja a morte.
ou
  * Deixar Jesus morrer e depois ressuscitá-lo dentre os mortos.

Ressuscitar alguém dentre os mortos é certamente o ato mais impressionante. Assim, os cristãos acreditam que Deus, ao ressuscitar Jesus dentre os mortos, fez uma demonstração de poder muito maior do que se o tivesse substituído em segredo.

As testemunhas oculares.

Mas voltemos à cena da crucificação e questionemos agora aqueles que a testemunharam com os seus próprios olhos:

1- Teria Deus permitido que Maria (Maryam) e os entes queridos de Jesus testemunhassem sua agonia quando na verdade era outra pessoa? Teria Deus permitido que os seus discípulos passassem por uma experiência tão dolorosa por causa de uma ilusão que ele próprio organizou?

2 - O oficial romano encarregado da crucificação confessou a sua fé em Jesus, logo após a crucificação, por ter ficado tão impressionado com a grande dignidade que Jesus havia demonstrado. Um vilão como Judas (que alguns muçulmanos acreditam ser seu sósia) nunca teria deixado tal impressão.

3- Os evangelhos (Injil) relatam as sete últimas palavras de Jesus. Todas ditas na cruz. Só ele poderia dizer palavras tão bonitas. Quem além de Jesus (ainda que sofrendo horrivelmente) poderia ter orado por seus carrascos? Acha que tais palavras, cheias de misericórdia e compaixão, poderiam ter saído da boca de um traidor como Judas?

4- Há um outro problema ao qual os comentadores muçulmanos nunca conseguiram encontrar resposta satisfatória relativamente ao corpo de Jesus: os muçulmanos afirmam que aquele que tomou o lugar de Jesus (o Chabih) parecia-se com ele no rosto mas o seu corpo não sofreu quaisquer alterações. Dizem que o rosto era o de Jesus, mas o corpo não. Se esta afirmação for correcta, como é que Maria não conseguiu diferenciar entre o corpo do seu filho e o de um sósia?
E quanto a José de Arimatea e Nicodemos, membros do Sinédrio (tribunal religioso). Estes discípulos secretos de Jesus, que obtiveram permissão oficial do governador Pôncio Pilatos para levar o corpo de Jesus? Quando o transportaram, embalsamaram e o colocaram no túmulo, não poderiam tê-lo confundido com o de outro, a menos que Judas tivesse o mesmo tamanho e cor de pele, o mesmo cabelo de Jesus.

Por que foi necessário Jesus morrer?

Porque o nosso maior problema é a morte! Quando Deus criou o universo, Ele designou um homem para nos representar no jardim do Éden e lhe deu esta ordem: "podem comer de todas as árvores do jardim, mas não podem comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. No dia em que dela comerem, morrerão!” (a Torá, a Bíblia, Génesis 2:16-17). 
A advertência de Deus foi muito clara: a desobediência leva à morte. 

Adão e Eva desobedeceram o que resultou em morte, como Deus havia anunciado. A expulsão do jardim do Éden ilustra a ruptura da comunhão com Deus. Em consequência da desobediência sofreram uma morte espiritual imediata e mais tarde uma morte física. Eles não teriam morrido se não tivessem desobedecido a Deus.
Quando Adão o primeiro representante pecou, toda a humanidade que veio a seguir desobedeceu com ele! O pecado infiltrou-se no mundo como um veneno e todos os homens sucumbiram. 

Há uma solução?

Se alguém desejar nos afastar da sanção prometida, teria primeiramente de vencer a morte, restaurar a comunhão com Deus, fechar as portas do inferno e abrir as do céu... Isto, ninguem pode fazer-lo por si memsmo nem pelos outros. Deus, na sua bondade, diz-nos que Jesus Cristo é o meio de salvação. Ele assumiu sobre si, por nós, a morte física e espiritual que merecíamos. Ele fez-lo para restabelecer a nossa comunhão com Deus e garantir-nos a vida eterna na sua presença.

O que prova que Jesus venceu a morte?

A prova é sua ressurreição dentre os mortos. "Ó senhor, onde está a sua vitória? Ó morte, onde está o seu aguilhão?" (A Bíblia, Injil, 1 Coríntios 15:55). Aprendemos que no momento da sua ressurreição, Jesus veio, apresentou-se no meio dos seus discípulos, e mostrou-lhes as mãos perfuradas para que pudessem ver o vestígio dos pregos e o seu lado perfurado pela lança do soldado Romano (Injil. , João 20:19-20). Ele prova-lhes assim que foi realmente aquele que foi crucificado e que nenhum outro poderia ter tomado o seu lugar.

Jesus está vivo, mas o que é que isso muda na tua vida?

Imagine-se um dia na rua, quer ir para um determinado lugar, mas não sabe como lá chegar. Vê então dez pessoas, mas nove estão mortas, apenas uma está viva, a quem vai pedir informações? À pessoa viva, sem dúvida!
O mesmo acontece se quiser ir para o céu (paraíso). A quem vai pedir informações? De todos os líderes religiosos do passado, apenas Jesus ainda está vivo. Ele não só nos mostra o caminho, mas ele mesmo é o caminho. Ele nos diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (Injil, João 14:6)

Conclusão!

Eis como a Bíblia resume o paralelo entre Adão e Cristo: “porque, visto que a morte veio por um homem [Adão], é também por um homem [Jesus Cristo] que veio a ressurreição dos mortos. Assim também em Cristo todos serão vivificados." (Injil, 1 Coríntios 15:21)
Assim, Jesus, o justo, suportou a morte para que pecadores como nós pudessem experimentar a vida eterna. Assim, a morte de Jesus está longe de ser uma vergonha que Deus teria querido evitar a Jesus. Na verdade, é a prova do seu amor pelos homens e a marca marcante da sua vitória sobre o pecado e a morte.

A Bíblia foi falsificada?


Muitos muçulmanos estão convencidos de que estão a pecar contra Deus simplesmente por tocarem na Bíblia. Foi-lhes dito que os escritos foram falsificados.

Estas acusações são muito serias, por isso, examinemo-las!

O elevado número de Bíblias em circulação.
Imagine que as primeiras cópias manuscritas de um livro escrito pelo Sr. Abdul-Aziz eram guardadas por várias famílias numa cidade, incluindo a casa dos seus antepassados. Estas cópias eram idênticas e reproduziam fielmente o texto original. Depois, vários séculos mais tarde, no nosso tempo, surge alguém que afirma que o livro do Sr. Abdul-Aziz foi manipulado durante muito tempo e que as edições actuais já não são fiáveis. Como possui, passado de pai para filho, um dos primeiros exemplares, poderia então ligar a este homem e dizer-lhe: "espere! Tenho a primeira edição em casa, vamos comparar! Mostre-me as falsificações feitas nas edições atuais Cada um dos outros proprietários das cópias antigas também poderiam trazer as suas e confundir o acusador consigo!
O mesmo acontece com a Bíblia composta em particular pela Tora (Taurat), pelos Salmos (Zabour), pelos escritos dos profetas e pelo evangelho (Injil). Cópias dos manuscritos originais, cuidadosamente transcritos e traduzidos em várias línguas, circularam em grande número no momento da alegada falsificação. Se alguém quisesse alterar o texto, teria primeiramente de descobrir onde se encontravam todas as cópias na Europa, África e Médio Oriente. Ir até lá e de casa em casa, conseguir alterar o conteúdo de cada uma da mesma forma.

​Teria isso sido possível? Não! Porque se acontecesse que uma cópia ou tradução tivesse sofrido algumas alterações, a comparação com outros documentos em circulação teria permitido de desmascarar imediatamente as más intenções e corrigir os erros.

Deus preserva a sua palavra.

Sendo eu um mu'min (crente em Deus), não consigo conceber a ideia de que simples humanos pudessem ter mudado a palavra de Deus. Eis o que está escrito no Zabur: “Senhor, a tua palavra permanecerá para sempre, mais estável do que o firmamento." (salmos 119:89).
O profeta Isaías disse: “A erva seca e a flor murcha, mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre." (Anbia, Isaías 40:8). Jesus disse: "O Céu e a Terra hão-de passar, mas as minhas palavras não!" (Injil Mateus 24:35).
Ao longo dos séculos, Deus cumpriu a sua promessa de preservar as sagradas escrituras. É uma blasfémia dizer que a Bíblia foi falsificada. Qualquer pessoa que apresente tal argumento acusa Deus de duas coisas horríveis: ou Deus é mentiroso e não cumpre a sua promessa, ou simplesmente não é Deus, pois é incapaz de proteger a sua santa palavra. Se a Bíblia tivesse sido alterada, isso significaria que o homem é mais forte do que Deus. Tal pensamento é uma blasfémia contra o Todo-Poderoso!

​A Bíblia é a mensagem de Deus aos pecadores. O Alcorão diz que contém "guia e luz" (sura al-maidah 5:46)
Se acreditamos que o Taurat, o Zabur e o Injil são a santa palavra de Deus, devemos aceitar a sua mensagem inalterável. Esta mensagem afirma que apesar da nossa condição de pecadores por termos desobedecido a Deus através dos nossos pensamentos, palavras e acções, Deus, no entanto, desenhou um plano para providenciar à nossa salvação. No seu imenso amor, enviou Jesus. O nosso salvador viveu a vida perfeita que deveríamos ter vivido e sofreu a morte horrível que deveríamos ter sofrido. Ele aceitou a pena de morte pelas nossas transgressões. Foi assim que ele satisfez plenamente as exigências da justiça divina. Ao colocarmos a nossa fé em Jesus, recebemos o perdão dos nossos pecados e a relação com o nosso criador é novamente restabelecida. Deus dá-nos então um coração novo e o desejo de viver mais de acordo com a sua santa vontade.

A Bíblia foi falsificada?
Recursos

Ficheiros PDF para baixar.

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